segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

O que o Thiago Lacerda, o James Bonde e o Jacó têm em comum?

Origem dos Nomes
O que o Tiago Lacerda, o James Bonde e o Jacó têm em comum?
Pode parecer estranho, mas Tiago, James e Jacó são o mesmo nome. É isso mesmo. Todos eles vêm do nome hebraico Jacó, filho de Isaac e neto de Abraão. Em hebraico, o nome seria Iacov.





Acontece que um dos discípulos de Jesus se chamava Iacov. Com a mania de chamar as pessoas de santo, ele se tornou o Santo Iacov. O tempo vai passando e logo as pessoas começam a falar apressadamente “Santiacov” e “Santiaco” até que vira “Santiago”. Bem, daí fica fácil de imaginar como Santiago vira São Tiago. Por um processo parecido aconteceu a mesma coisa com Iacov para James.

Mas porque é importante saber a origem dos nomes? Todo nome, quando criado, tinha um significado, não seria legal descobrir o significado do seu? Leandro, por exemplo, vem de Leo (Leão) + Andro (homem), ou seja, o homem Leão. Já minha irmã Mônica, por exemplo, vem de Monos, que significa sozinha ... ela não gostou muito disso.

Eu tive um aluno certa vez que se chamava Vinícius Ouro Augusto. Vinícius significa vitorioso, Ouro, é isso mesmo, Ouro e Augusto significa o Abençoado ... agora vai me dizer se ele não ficou todo metido depois de saber disso?

Felipe vem de Filo (amigo) + Hipo (cavalo), dessa forma seria “Cavaleiro”. Sofia, por exemplo, significa sabedora. Diego vem de Di (dois) + Ego (eu), então seria “Aquele que vale por dois”.

Todo nome que termina com “el” tem alguma coisa a ver com Deus e vem do hebraico. Por exemplo: Daniel (Deus é meu juiz), Rafael (guerreiro de Deus), Israel (homem de Deus) e Eliel (meu Deus é Deus).

Alguns nomes também são inventados do nada. Por exemplo, o poeta Jonathan Swift, ao querer definir o termo "legião de lindas borboletas" criou o nome Vanessa.

Inicialmente Publicado na seção "Que História é Essa" do portal AcessaSP



autoria: Leandro Villela de Azevedo - professorleandrovillela@gmail.com

(Revisado por Heloisa em 26/04/2011)

Origem dos Sobrenomes

Já falamos aqui nesta seção sobre a origem de alguns nomes. Pois bem, agora é a hora de falar de alguns sobrenomes. Eles existem há muito tempo. No início as pessoas eram chamadas pela cidade de onde vinham, como por exemplo “Tales de Mileto” ou então eram lembradas pelo nome dos pais, como no caso de “João filho de José”.





Mas isso começou a não ser o suficiente. Em Roma, por exemplo, as pessoas passaram a ter dois nomes, o seu próprio e o de sua família. Era o início do sobrenome como o conhecemos hoje.

Agora algumas histórias ficam muito mais interessantes a partir daqui. Na época em que começa a colonização, muitas pessoas fugiam de guerras religiosas na Europa e vinham para a América. Para que não pudessem ser achadas mudavam seus sobrenomes. Isso aconteceu especialmente com os que fugiram da Inglaterra e foram para o atual Estados Unidos.

Já que não tinham sobrenome, ganhavam o nome de suas profissões. Veja que engraçado:

Bill Gates (Gates = Portões – referência a ser porteiro – cuidava dos portões da cidade)
George Bush (Bush = Arbusto – possível ligação com jardineiro)
Sharon Stone (Stone = Pedra – referência a pedreiro - escultor em pedra)
Denzel Washington (Washing = Lavando + town = cidade – ou seja, algo semelhante a gari)
Neil Armstrong (Arm = braço + strong = forte ou seja, o fortão)
Morgan Freeman (Free = livre + man = homem, ou seja, homem livre, escravo que foi libertado)
Sandra Bullock (Bull = touro + lock = trancar – referência a vaqueiros)
Hellen Hunt (Hunt = caçar – referência a caçador)
Carrie Fisher (Fisher = pescador)
Nicole Kidman (Kid=”Fazer Piada” + Man = Homem – piadista)
Sigourney Weaver (Weaver = tecelão – ou seja, faz tecido, costureiro)

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)


Por que Dezembro não é o mês DEZ?


Não é mera coincidência não! O SETEmbro realmente deveria ser o mês sete e DEZembro o mês dez. Na verdade eles eram. O calendário que usamos hoje foi inspirado no calendário romano, criado antes de Cristo.




Esse calendário tinha dez meses. Os primeiros meses tinham o seu nome dedicado a deuses romanos, por exemplo, março vem de Marte. Após o sétimo mês, entretanto, os romanos começavam a chamá-los pelo número:

SETEmbro = mês SETE
OUTUbro = mês OITO
NOVEmbro = mês NOVE
DEZembro = mês DEZ

O Calendário romano passou por várias reformas, especialmente quando entraram em contato com culturas mais evoluídas no campo da contagem do tempo, como os egípcios. Mas foi na época do imperador Otávio Augusto que se resolveu fechar o calendário de forma bem semelhante ao nosso atual (ainda não tinha ano bissexto) .

Mas havia um pequeno problema, como se podem criar dois meses do nada? Bem, com a reformulação do calendário, acabou que esses meses receberam seus nomes em homenagem a Otávio Augusto (Mês de Agosto) e ao seu pai, Júlio César (Mês de Julho).

Até aí tudo bem, mas por que não jogar esses meses para o fim do ano? Uma das possíveis respostas para isso é que Otávio Augusto não queria que esses dois novos meses fossem no inverno (lembrando que no hemisfério norte o inverno é no fim do ano). A questão do inverno era tão grave que o mês de fevereiro tem esse nome originado de febre (o mês da febre - "febrereiro" )

E tem mais. Com o novo calendário os meses teriam 30 ou 31 dias intercalados. Mas Otávio Augusto não queria que nem o seu mês e nem o de seu pai tivessem menos dias do que qualquer outro. Por isso ele pega um dos dias de fevereiro e joga para frente. De modo que julho e agosto são os dois únicos meses seguidos com 31 dias.

Imagina de qual mês se iria tirar o dia sobrando para que os dois meses dos imperadores ficassem com 31? É claro, de fevereiro, quem vai querer que o mês das doenças dure muito?

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autoria: Leandro Villela de Azevedo - professorleandrovillela@gmail.com

(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

O que é uma república

O que é uma república?
A história do Brasil é dividida em três fases: Colônia - até 1822; Império - até 1889 e a partir de então, a república. Mas aqui não falarei disso.
Mais ou menos dois milênios antes do Brasil ser descoberto, os romanos eram um grupo de pastores agrupados em uma pequena cidade chamada Roma. Essa cidade era governada por outro povo, os Etruscos.
Assim como o Brasil era colônia de Portugal, Roma era colônia dos Etruscos. Quem governava Roma eram reis etruscos, mandados para cumprir essa função.


Em determinado momento, os habitantes dessa cidade se revoltaram contra isso, venceram os reis etruscos e aí começou um novo problema. Como fazer para governar essa cidade? Eles poderiam escolher um rei Romano. Mas estavam cansados da monarquia, ou seja, apenas o rei governando.

Resolveram então inventar uma nova forma de governo onde todos seriam donos da cidade e todos teriam o direito de governá-la. E chamaram isso de “Coisa de Todos”, que em latim é “Rés=coisa e Pública=de todos” ou seja, a República.

Escolheram um grupo de pessoas mais idosas para governar a cidade, e chamaram esse grupo de Senado ( o nome vem de “senil” = velho ) . Para que esse grupo não mandasse em tudo sozinho, havia eleições para escolher pessoas das tribos que compunham Roma. Cada tribo elegia o seu “Tribuno”, que ajuda a governar e julgava quem ia contra a vontade do povo, de onde surgem os “Tribunais”.

A república Romana até que deu certo por um tempo, mas depois ela acabou sendo dominada pelos generais do exército que receberam o título de imperadores.

Mas o importante é sempre lembrar que a idéia básica de uma república é que NÓS somos donos do país. Uma escola pública, por exemplo, não é uma escola sem dono. É uma escola que tem milhares de donos, todos nós. Enquanto o Brasil for uma república, ele será de todos nós, sendo assim cabe a cada um cuidar dele, assim como cuida de seu próprio lar.

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

Conflito de Olhares

Jesuítas x Indígenas
Nesta seção, já falamos sobre a fundação do Colégio de São Paulo, pelo padre José de Anchieta. Um dos motivos pelo qual essa escola deu tão certo, a ponto de conseguir a convivência pacífica entre padres e índios, foi uma gramática. Isso mesmo, José de Anchieta criou regras e dicionários para a língua que os indígenas falavam, criando o chamado “tupi-guarani”.



Mas não basta saber falar a língua de alguém para conseguir entendê-la. Veja a seguir alguns dos principais problemas que eles tinham para se entender.

Religião: Os portugueses eram monoteístas (acreditavam em um deus só), mas os indígenas eram politeístas (acreditam em vários deuses). Ora, os índios não viam problema em cultuar o deus dos portugueses, só não entendiam o que sai ganhando alguém com um deus só, se dá pra se ter vários deuses.

Casamento: Os portugueses queriam que os indígenas casassem com uma única mulher (monogamia), só que muitos grupos indígenas estavam acostumados a um sistema de “grande família”. Ao invés de casamento, os homens e mulheres dormiam na mesma casa e tinham relações entre si. Quando um menino nascia, ele era filho de todos da aldeia. Os índios achavam isso muito mais prático, afinal, no sistema português, se o pai e a mãe morressem, quem tomaria conta da criança?

Moradias: Os portugueses queriam ensinar os indígenas a construir casas de pedra. Pode-se demorar anos para construir uma, mas ela durará séculos. Acontece que os indígenas preferiam continuar com suas ocas. Em três dias construíam uma, e se ela durava poucos anos, tudo bem, depois era só construir outra de novo em pouco tempo. Faziam até uma festança para construir a casa nova.

Outros aspectos interessantes é que os indígenas achavam muito estranhas aquelas figuras de preto andando de lá para cá, conversando com uma caixinha preta. Os padres de batina sempre liam a Bíblia em voz alta. Para os indígenas, quando se andava era para chegar em algum lugar, e quando se falava era para conversar com alguém. Ou seja, aquilo era visto como loucura.

Para os índio o fato de os padres quererem que os eles tivessem uma esposa só, era descabido, pois os próprios padres não casavam!

Seja como for, foi preciso muita convivência para que eles conseguissem se entender.

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

Utilidades Domésticas

Utilidades Domésticas?
O primeiro instrumento que poderíamos chamar de “utilidade doméstica” é a mó. Trata-se de um conjunto de duas pedras, conforme a figura abaixo:

A mó foi indispensável ao ser humano, por milhares de anos. Isso desde a Pré-História, quando aprendemos a agricultura. Nesta época, os produtos mais plantados eram grãos, como o trigo, que, para serem comidos, precisam virar farinha.

Então as pessoas tinham que pôr as sementinhas e ficar batendo, batendo, até que aquilo virasse farinha. Depois recolhiam essa farinha e punham outras sementinhas. Podia-se passar horas para se moer o equivalente a uma xícara de farinha de trigo.

Sendo assim, uma das invenções mais fantásticas para facilitar a vida destas pessoas foi o moinho. Nele, podia-se moer quilos de trigo em poucos minutos. Uma verdadeira revolução. Tudo bem que usar um moinho saía caro. Na Idade Média, por exemplo, o senhor das terras cobrava um imposto chamado Banalidade: ele ficava com metade da farinha que fosse moída nos moinhos. Mesmo assim valia a pena.

Outra “utilidade doméstica” eram os incensários. E não é por conta de cheirinho bom, não. Imagine hoje a dificuldade que as pessoas têm com os insetos, em uma região um pouco mais afastada das cidades, como uma praia mais longe ou uma casa no campo. Mesmo quem tem um terreno baldio ao lado de casa já enfrenta mais moscas e pernilongos que o normal.
Agora, imagine na Idade Antiga, com tanto espaço vazio: os pernilongos e insetos eram em número espantosamente alto. Por isso mesmo, para muitos povos antigos, como Egito, Mesopotâmia, Índia, etc., incensar a casa várias vezes por dia era a garantia de uma boa saúde.

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

o DNA de nossa comidinha

O DNA da nossa comidinha
Nada mais brasileiro que uma feijoada com caipirinha, certo? A feijoada foi criada pelos escravos, eles recebiam restos de animais que os seus donos não queriam comer, como pé, rabo, língua, orelha. Tudo isso era misturado no feijão e cozido por algumas horas e depois era só se deliciar.

Mas não é bem assim não. Os judeus, antes mesmo do descobrimento do Brasil, já tinham um tipo de comida parecida com a feijoada. Isso acontece porque eles têm a proibição religiosa de trabalhar aos sábados. Isso inclui até mesmo acender o fogo para cozinhar.

Para não comer comida fria, então, colocavam feijão, carne e muita água para ferver na sexta-feira, e deixavam em fogo branco durante todo o sábado. Quando tinham fome, era só pegar a comida quentinha com o fogo do dia anterior. Agora, é claro, os judeus não comem porco, portanto isso era bem diferente da feijoada atual.

E a caipirinha? Essa é brasileira mesmo, especialmente a cachaça. Para transformar a cana em açúcar mascavo, era preciso tirar o bagaço e cozinhar, cozinhar, até a água secar.

Só que aquele vapor ia se condensando no teto, fazendo pequenas gotinhas que pingavam, daí o nome pinga. E mais do que isso, essas gotas, quando caíam nos machucados dos escravos, ardia, daí o nome água ardente.

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

Ah, se eu pego quem inventou a escola!


Ah, se eu pego quem inventou a escola!

Você tem raiva da sua escola e vive se perguntando quem foi o maldito cara que inventou isso, pois bem, aqui está a sua resposta. A escola foi inventada na Mesopotâmia, mais ou menos em 4000 a.C., junto com a invenção da escrita. Afinal, como é que alguém aprenderia a escrever sem escola?

Mas não se parecia muito com a escola de hoje em dia não. Para começar só aceitavam mais ou menos 3 alunos por vez, então era muito difícil mesmo conseguir se matricular. Se o professor não gostasse do aluno, ele seria expulso, sem explicação, e logo alguém tomaria seu lugar. O castigo físico era muito comum, e não era palmadinha não, era chicotada com vara.

Durante os dois primeiros anos, nada de aprender a ler e nem a escrever. Eles aprendiam a fazer argila. Isso porque eles não tinham o papel, escreviam então em blocos de argila com uma espécie de régua chamada cunha. Cada palavra tinha um símbolo diferente e eles precisavam decorar todos eles.

E aí, continua achando que a sua escola é que é chata?

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

Dúzia? Por que não uma trêzia?


Dúzia!? Porque não uma trezia de ovos?
Você já parou para se perguntar por que motivo o único número que tem apelido é o 12? Todo mundo chama de dúzia... Por que os outros números não têm esse privilégio? Não existe a ‘onzia’ e nem a ‘trezia’.

O motivo é muito antigo, mas muito antigo mesmo, tem mais de 6000 anos. Um povo chamado mesopotâmico é que inventou a Matemática. Ela foi criada para contar bois. Como eles domesticaram esses animais, precisavam de uma forma de saber se a quantidade dos que saíam para o pasto era a mesma dos que voltavam.

Por isso, a cada vaca que saía, colocavam uma pedrinha e um saco, e de noite, quando voltavam, a cada uma que entrava, tiravam a pedra do saco. Se o saco ficasse vazio, então quer dizer que nenhuma vaca tinha se perdido.

Mas quem tinha muito gado não gostava da idéia, era muito pesado carregar mil pedras no saco. Por isso inventaram um sistema: a cada 6 pedras, eles trocavam por uma pedra colorida. Da mesma forma que a gente faz com as dezenas e unidades, a cada 10 unidades, trocamos por uma dezena.

E de onde tiraram o número 6? Das mãos. Até 5, eles sabiam contar nos dedos, a partir do 6 não dava mais.

O mais interessante é que tudo o que eles criavam eles contavam de 6 em 6 ou de 12 em 12. E até hoje a gente usa essa contagem deles, com a dúzia ou meia dúzia.

Quer ver? O que se conta em dúzia?

Frutas e ovos, é porque eles inventaram a agricultura.

Os meses do ano? Eles foram os primeiros a utilizar o calendário. Eram 6 meses de chuva, quando não plantavam e 6 meses de sol, quando dava para plantar.

As horas do dia? Eles foram os primeiros a medir a passagem do tempo, eram 6 horas para a manhã, 6 para a tarde, 6 para a noite e 6 para a madrugada.

E o que mais? Fica aqui então um desafio, tente descobrir o que mais a gente conta de 6 em 6 . Com certeza tem a ver com os mesopotâmicos.

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

506 anos de história e somente 6 presidentes no Brasil!?


506 Anos de História, somente 6 presidentes eleitos pelo povo governaram o Brasil.

Eu sei que isso pode parecer muito estranho, mas é verdade. Em 506 anos, divididos por 4 anos de cada mandato, daria para termos eleito 126 presidentes. Mas apenas 6 foram eleitos. Se você duvida, vamos acompanhar um pouco de nossa história. Os Estados Unidos, por exemplo, já tiveram 43 presidentes eleitos pelo povo.

De 1500 até 1822 o Brasil era colônia, ou seja, pertencia a Portugal. Logo não tinha eleição. Quando a independência é feita quem assume é o filho do antigo rei, claro, sem voto. A república começa em 1889, agora era a hora de começar a votar em presidente, certo? Errado! Os dois primeiros presidentes não foram eleitos, apenas ficaram no poder por serem do exército, Marechal Deodoro da Fonseca e depois Marechal Floriano Peixoto.

Mas aí começaram as eleições. Então o povo votava, não é mesmo? Não! Apenas os homens podiam votar, e somente os alfabetizados. Mas como parte da população era ex- escravo e nunca tinha ido para a escola e outra parte imigrante e mal falava português, apenas 3% da população podia votar. Para piorar o voto era aberto, ou seja, você chegava para um juiz e dizia o nome de alguém e ele anotava o seu voto.

Em 1930 Getúlio Vargas sobe ao poder pela força e cria o voto universal para homens e mulheres. Mas, ao mesmo tempo, ele se agarra no poder e fica por 15 anos seguidos como presidente. Sem eleição.
Temos então o primeiro presidente eleito por todo o povo, Dutra. O segundo foi o próprio Getúlio Vargas, em 1950. O terceiro foi Juscelino Kubistchek. O Quarto foi Jânio Quadros, mas ele ficou menos de um ano no poder e o seu vice nem pôde assumir. Então ocorreu regime militar. Os presidentes eram escolhidos pelo exército, o povo só ficava sabendo de última hora quem seria o novo presidente.

Depois disso sabe qual foi o primeiro presidente eleito? O Collor, pois é, aquele mesmo do impeachment. E o Sarney, alguns podem dizer. Ele era vice do Tancredo que não foi eleito pelo povo. E o Itamar? Ele era vice do Collor. Bem, se o Collor foi o quarto presidente eleito a realmente governar (mesmo tendo ficado menos de 2 anos como presidente) Fernando Henrique foi o quinto. 4 anos depois, ele novamente.

O nosso atual presidente Lula é então o sexto eleito por todo o povo brasileiro e que governa o país.

Sabe o que isso significa? Que a nossa democracia ainda está nascendo. E saiba que você pode ser parte muito importante para que ela exista de verdade. E não é só na hora do voto não, é a cada momento.

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(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Paulista de coração .... ou seria Pedrano?


Quase todo mundo sabe que o nome de nosso Estado veio de uma escola criada pelo Padre José de Anchieta. Essa escola serviu para fazer o contato entre os indígenas que já moravam aqui, e os portugueses que estavam chegando.

Tudo bem, mas por que não era escola São Pedro ou qualquer outro santo? Por que motivo foram escolher bem o tal do Paulo? O primeiro motivo é bem simples, ela foi fundada no dia deste santo. Mas isso também não responde nada, ela foi fundada nesse dia porque escolheram que fosse.

A escolha pelo nome São Paulo, vem por causa do mesmo Paulo lá da bíblia. Logo depois da morte de Jesus os discípulos ficaram com medo de serem mortos também e se esconderam. Mesmo depois de tomar coragem e começar a levar sua fé adiante, todos eles ficavam ali na região de Jerusalém.

Havia um tal de Saulo que perseguia os cristãos, mas depois de ter uma visão acabou querendo entrar para o grupinho deles. Mudou então, seu nome para Paulo. Acontece que todo mundo tinha medo dele, afinal, dias antes ele era um assassino de cristãos. Desta forma ele decidiu que, ao invés de falar de sua fé em Jerusalém, ele ia contar sua história para todo o Império Romano, que ocupava 3 continentes (Europa, Ásia e África).

A escola que Anchieta estava criando tinha lá suas semelhança com Paulo: ao invés de ensinar aos portugueses, atravessaram o mar para ensinar os índios daqui. Então, ninguém melhor para simbolizar isso do que o nosso amigo Paulinho, ou São Paulo para os menos íntimos.

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autoria: Leandro Villela de Azevedo - professorleandrovillela@gmail.com

(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)