segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Utilidades Domésticas

Utilidades Domésticas?
O primeiro instrumento que poderíamos chamar de “utilidade doméstica” é a mó. Trata-se de um conjunto de duas pedras, conforme a figura abaixo:

A mó foi indispensável ao ser humano, por milhares de anos. Isso desde a Pré-História, quando aprendemos a agricultura. Nesta época, os produtos mais plantados eram grãos, como o trigo, que, para serem comidos, precisam virar farinha.

Então as pessoas tinham que pôr as sementinhas e ficar batendo, batendo, até que aquilo virasse farinha. Depois recolhiam essa farinha e punham outras sementinhas. Podia-se passar horas para se moer o equivalente a uma xícara de farinha de trigo.

Sendo assim, uma das invenções mais fantásticas para facilitar a vida destas pessoas foi o moinho. Nele, podia-se moer quilos de trigo em poucos minutos. Uma verdadeira revolução. Tudo bem que usar um moinho saía caro. Na Idade Média, por exemplo, o senhor das terras cobrava um imposto chamado Banalidade: ele ficava com metade da farinha que fosse moída nos moinhos. Mesmo assim valia a pena.

Outra “utilidade doméstica” eram os incensários. E não é por conta de cheirinho bom, não. Imagine hoje a dificuldade que as pessoas têm com os insetos, em uma região um pouco mais afastada das cidades, como uma praia mais longe ou uma casa no campo. Mesmo quem tem um terreno baldio ao lado de casa já enfrenta mais moscas e pernilongos que o normal.
Agora, imagine na Idade Antiga, com tanto espaço vazio: os pernilongos e insetos eram em número espantosamente alto. Por isso mesmo, para muitos povos antigos, como Egito, Mesopotâmia, Índia, etc., incensar a casa várias vezes por dia era a garantia de uma boa saúde.

Inicialmente Publicado na seção "Que História é Essa" do portal AcessaSP

autoria: Leandro Villela de Azevedo - professorleandrovillela@gmail.com

(Revisado por Heloisa em 05/05/2011)

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